quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por que não?

Seria facílimo encaminhar votações eletrônicas se houvesse disposição de abrir mão do sagrado direito de falar em nome dos outros. A mecânica é simples:

1. A diretoria do centro acadêmico ou da associação de professores elabora uma pauta inicial de discussão.
2. Organiza-se uma semana de discussões presenciais e virtuais simultaneamente às aulas.
3. Ao longo dessa semana, a diretoria recolhe propostas de alteração de pauta, e faz as modificações que julgar necessárias, tendo em vista aprovar a pauta.
4. Põe a pauta em votação, por dois dias seguidos, na Internet. Se a diretoria não conseguir aprovar a pauta, terá que começar as discussões de novo, e criará um impasse. (A diretoria terá, enfim, que fazer força para não "errar a mão", ou ficará desmoralizada.)
5. Aprovada a pauta, marca-se o dia da votação final e tem início mais um processo de discussão, com os pontos da pauta afixados em todo o prédio e amplamente divulgados na Internet. Novamente, reuniões presenciais (simultâneas às aulas) e discussões nos fóruns.
6. Ao longo de dois dias seguidos, a votação virtual é feita, com quorum pré-determinado. Se menos de 70% dos estudantes ou professores votarem, nenhuma decisão QUE ENVOLVA A OUTRA PARTE (como greve) poderá ser tomada.

Qual é o problema?




5 comentários:

  1. 1. As pautas serão colocadas pela diretoria e por pessoas via on-line ou carta à diretoria.
    2. OK
    3. Recolhe as pautas e põem em debate.
    4. Põe as pautas em votação.
    5. Discussão das pautas: informativos (on-line e/ou fisico) distribuídos pelo C.A com todas as posições para os estudantes lerem.
    6. Quórum mínimo é um problema, pois, se não tenho ele, não faço nada? Isso é legítimo? Não tenho opinião formada sobre esse ponto.

    Até mais,
    Flavio Pereira

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  2. Flávio,

    Definitivamente, sem quorum, não se faz NADA. Ou respeitamos as opiniões alheias, ou descambamos para a violência. Vamos ser consequentes. Democracia é assim. Ou você consegue convencer as pessoas, ou perde, e tem que se conformar com isso.

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  3. João Vergílio,

    Por favor, explique-me: qualquer pauta depende do quórum de 70% do total de alunos da instituição?. O que vem antes: O quórum ou as pautas?

    Até mais,
    Flavio Pereira

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  4. Literalmente, há dez anos me pergunto a mesma coisa. Por que não?

    A única resposta que me vem à mente é: porque, se fosse assim, provavelmente quase nunca ou nunca teríamos greve. Se temos tantos instrumentos que nos permitem discussões e votações em meio virtual, não seria muito melhor se todos da comunidade acadêmica pudessem dar o seu voto com apenas alguns cliques, no momento que dispor dentro de um período estabelecido? Que todos tivessem o tempo e a tranquilidade (e grifo esta última palavra) para dialogar, refletir e tomar uma decisão séria? Afinal, muitos saem correndo das aulas para o trabalho, e não têm tempo de participar das assembleias, até pq muitos professores não querem mais abrir mão de suas aulas pelas assembleias, que, como o senhor disse, perderam a legitimidade para a maioria.

    Uma greve foi declarada. Na semana seguinte, os alunos saíram da greve. 3 dias úteis depois, foi decidido o retorno da greve. Vamos votar. Vamos votar de novo. Vamos votar mais uma vez. Chega uma hora que a pessoa se sente uma idiota votando, pq seu voto não terá mais valor em três dias úteis.

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  5. Nemui,

    O pior é que a situação é exatamente a mesma desde que eu era aluno. Não mudou nada. Os mesmos truques, as mesmas desonestidades, a mesma mentira. É preciso avisar essa turma que o rei está nu.

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